quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

INQUIETUDE



Polvilho os dias, confinados ao esclavagismo temporal, expelindo palavras que se perpetuam, num relógio imaginário, onde os ponteiros, deram lugar a estalactites das lágrimas cristalizadas destes meus olhos perenes de sofrimento.

Calcorreio o caminho, empoeirado de desalento e impiedosamente espinhoso, entapetado de melancolia cega e raivosa, saciando a seiva das ervas daninhas, depurando-as com os fios do meu sangue a fervelhar, de esperança.

Talvez um dia, para além dos dias, renasça em mim, a vontade determinada de me persuadir, rebuscando-me no breu da noite plácida, confiando-me há guarda de Amitiel o Anjo da verdade.

Ó meu Querubim!

Ó meu guardião!

Embala a alquimia dos meus sonhos!

 

DIOGO_MAR

3 comentários:

  1. Olá Diogo
    Quem tem grandes sonhos a realizar nunca conhecerá o isolamento e nem viverá solitário. Linda sua prosa poética
    Um feliz ano novo pleno de realizações e vitórias
    Um abraço

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