domingo, 5 de julho de 2015

PORQUÊ!




No desfiladeiro da vida, flutuam palavras de breu, enfermas de silêncio, escarpadas pela ausência.


Não sei de mim!


Aliás, se eu de mim soubesse, escrevia-te com esta mão trémula de desejo, no vitral da janela a prece, onde te suplico o sol do teu sorriso a aurora do teu olhar.


Aqui estou debruçado, no parapeito da saudade, com olhos rasos de melancolia a contemplar a caducidade dos dias.


O relógio morreu!


Os ponteiros foram fossilizados pelo tempo implacável e voraz.


Ficou tanto por dizer!


O arrependimento, esbofeteia-me o rosto alagado de lágrimas covardes, que regam as páginas dos dias despojados de esperança, servidos numa bandeja de um futuro cheio de promessas de amanhã.


O tempo estragou o sonho e coloriu de cinzento a flor dos dias!


 


Diogo_Mar